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Associação cria sistema de informação para acidentes e adoecimento pelo trabalhoV

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O Observatório Social em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora surgiu como ferramenta do CEREST de Criciúma (SC) e pode ser alimentado pelo trabalhador 

Administrador e advogado, Júlio César Zavadil começou sua vida profissional como bancário, adoeceu em virtude de assédio e das metas abusivas. Essa experiência o levou à atuação no sindicato, no Departamento de Saúde, onde iniciou há mais de 20 anos, a criação de um sistema de informação que fosse capaz de reunir informações fidedignas e completas a respeito da saúde dos trabalhadores.

Com a ajuda do analista de sistemas André Teixeira, criou o sistema Observatório Social em Saúde do Trabalhador, atualmente mantido pela Associação Brasileira de Defesa dos Vitimados pelo Trabalho (ADVT), que apresenta com detalhes neste vídeo.

O sistema reúne todos os dados e documentos relativos a cada caso inserido no sistema e é capaz de fazer os cruzamentos necessários para avaliar o nexo com a atividade laboral do cidadão. Os dados sensíveis ficam sob a guarda dos Sindicatos e as estatísticas, acessíveis por meio de uma plataforma amigável. Para poder estabelecer a relação com o trabalho de forma segura, foram feitos mais de 50 mil cadastros das CIDs, e criada uma rotina de cruzamento que inclui documentos como exames, laudos e o receituário.

O sistema fornece uma ampla gama de informações e possibilidades de tabulações, o que permite por exemplo, descobrir processos de adoecimentos mesmo quando não há diagnósticos formalizados nos departamentos médicos das empresas. Como exemplo, Júlio cita o número excessivo de casos de perda da unha do dedão dos pés nas unidades de saúde de Criciúma. “É um número muito alto de despregamento de unha. Neste caso o sindicato tem de fazer uma investigação a campo, porque ou há erro no registro (que pode ser proposital), ou tem algo muito errado acontecendo”.

Inicialmente como um projeto do Cerest de Criciúma financiado pelo Estado, o sistema deu bons resultados para a fiscalização e para os trabalhadores, mas desgostou os empresários locais, que forçaram o governo a encerrar o projeto. Júlio então, buscou os sindicatos, para firmar parcerias e criar um sistema alternativo de coleta de informações a respeito da saúde dos trabalhadores.

Júlio fez essa apresentação para o Instituto Walter Leser em busca de ampliar o alcance do OBSST, hoje com proposta de estar acessivel aos sindicatos de todo o pais. Quem se interessar pode entrar em contato pelo email juliosaude.hsbc@hotmail.com

Fonte> https://www.institutowalterleser.org/noticias-obsst

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